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Sexta-feira, 20.08.10

O "dinamismo económico" e o papel do Estado

Um dos aspectos interessantes do ranking da Newsweek é demonstrar aquilo que  todos sabemos, de mera percepção ou com base em estatísticas - o que nos puxa para baixo é o "dinamismo económico". Mais concretamente, a falta dele. Ou seja, temos poucos empreendedores, empresários que arriscam, gente empenhada em criar riqueza.

Mas este estudo mostra ainda outro aspecto muito importante e normalmente negligenciado - naquilo que depende quase exclusivamente do Estado (Saúde e Educação, por exemplo) o nosso comportamento até é mais favorável.
Um aspecto a merecer reflexão, numa altura em que alguns só pensam em retirar o Estado desses sectores.

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por sitiocomvistasobreacidade às 11:54

"Provamos ser barato cuidar dos pobres. Difícil é cuidar dos ricos"

Quarta-feira, 18.08.10

A entrevista já tem uns dias (publicada a 23 de Julho), mas hoje lembrei-me de novo de uma frase genial de Lula: "Provamos ser barato cuidar dos pobres. Difícil é cuidar dos ricos".

Esta frase faz-me pensar na actual fragilidade de Estado Social Europeu. Cada vez mais vozes se levantam para nos convencer que uma saúde tendencialmente gratuita não é possível, que uma educação pública sai demasiado cara, e que todo este modelo, que levou séculos a construir na Europa, é insustentável. A receita já nós a conhecemos: privatizar aqui, liberalizar acolá.

Mas o que a frase de Lula tem de genial é que ela nos aponta para outra receita: Não terá a crise do Estado Social outras origens?

Quando se pagam milhões a empresas (privadas) alemãs para contruirem submarinos, sem cuidar de contrapartidas; Quando se pagam milhões a Lusopontes e Brisas para fazerem estradas e pontes, em negócios que soam sempre a ruinosos para o Estado; Quando a ADSE (pública) cobre despesas nos Hospitais da Luz (grupo BES) mesmo existindo um Hospital Público (Santa Maria) a dezenas de metros...

São apenas três exemplos que nos custam dinheiro a todos, mas que beneficiam meia dúzia. Será esta a raíz do mal do Estado Social?

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por sitiocomvistasobreacidade às 10:00

"O exército, melhor época da minha vida"

Terça-feira, 17.08.10

Esta história faz-me pensar na crueldade com que os Israelitas tratam o povo da Palestina. É sintomático que para uma jovem israelita, ex-militar, o tempo em que fazia estas malfeitorias aos palestinianos tenha sido a melhor época da sua vida.

É também perverso o desejo de fotografar, e querer partilhar com os amigos, o resultado da caçada do dia. Até quando o Ocidente tolerará os crimes de Israel?

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por sitiocomvistasobreacidade às 14:48

Discursos de verão

Domingo, 15.08.10

Discursos de verão, preparados em cima do joelho, é natural que dêem em asneira. Há muitas a assinalar, mas destaco esta:

Governo desafiado a «devolver palavra aos portugueses» até 9 de Setembro

 

 

PS: citar Pacheco Pereira não é a minha especialidade, mas este post é digno de nota.

É de facto difícil fazer melhor, no que diz respeito a um "jornalismo" de fretes e de encomenda. Todas as pequenas mensagens desejadas, passadas sem distanciação. Fotografias encenadas, também com as mensagens certinhas. Todas as "antecipações" desejadas, a melhor forma de ter boa imprensa com base em intenções, sem o ruído do real e dos factos. "Jornalismo" de ditado, eu dito-te o que vou fazer e o que pretendo e lá vem tudo direitinho, mesmo que depois não aconteça assim, já está conseguido o efeito. Sim, porque não é apenas "antecipação" de um discurso, é o meta-discurso pretendido já encaixotado e pronto para servir. O acto "antecipado" e a leitura que se deseja.  Tudo by the book, de agência, mas não do jornalismo. E tão evidente, tão grosseiro até, que mete dó. O modo como alguns jornais, com destaque para o Expresso e o Diário de Notícias tratam Passos Coelho e o PSD no período pré-Pontal. Pode haver quem ache que isto é bom, mas isto é péssimo, quer para o jornalismo, quer para o PSD. Até os três porquinhos perceberam que as casas de papel duram pouco se o lobo mau soprar.

 

 

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por sitiocomvistasobreacidade às 10:57

Quanto pior, melhor

Sexta-feira, 13.08.10

Há muito que se percebe que para o PSD pouco importa o país, o que se quer mesmo é chegar ao poder. Os seus membros dão por isso largas à sua alegria sempre que vislumbram qualquer nuvem no horizonte. Claro, que por vezes tanta alegria dá em deslumbramento:

PSD constata "estagnação" e compara Portugal à Grécia

 

Nota de rodapé: só para que o leitor tenha noção do tamanho do deslumbramento, convém notar que enquanto Portugal cresceu no 2º trimestre 0,2%. Já o PIB Grego caiu 1,5%. Em termos homólogos, ie comparando o 2º trimestre de 2010 com o 2ª trimestre de 2009, deu-se um crescimento de 1,4%. Na Grécia, deu-se uma queda de 3,5% do PIB.

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por sitiocomvistasobreacidade às 14:45

Império à deriva

Sexta-feira, 13.08.10

Krugman, no i de hoje. Deixo-vos uns excertos, mas vale a pena ler na íntrega, aqui

 

"(...) Entretanto, um país que em tempos espantou o mundo com os seus investimentos visionários em transportes, desde o Canal Erie à rede de auto-estradas Interstate Highway System, está agora a despavimentar-se: em vários estados, os governos locais estão a partir estradas cuja manutenção já não conseguem suportar, revertendo-as a caminhos de gravilha.

 

(...) Dizem-nos que não temos alternativa, que as funções governamentais básicas (a prestação de serviços essenciais que existe há gerações) já não são financeiramente viáveis. É verdade que os governos estaduais e locais, duramente atingidos pela recessão, têm falta de liquidez. Mas não teriam chegado a esta situação se os respectivos políticos se dispusessem a considerar pelo menos alguns aumentos de impostos.

E o governo federal (...) poderia e deveria estar a disponibilizar ajuda aos governos locais para proteger o futuro das nossas infra-estruturas e as nossas crianças.

Mas Washington está a fornecer apenas um fio de ajuda, e mesmo assim a contragosto. Temos de dar prioridade à redução do défice, dizem os republicanos e os democratas "centristas". E logo a seguir, quase na mesma frase, declaram que há que preservar os cortes tributários dos muito ricos, medida que terá custos de 700 mil milhões de dólares ao longo da próxima década.

Com efeito, uma grande parte da nossa classe política está a revelar as suas prioridades: entre a opção de pedirem aos 2% mais ricos que voltem a pagar os impostos que pagavam na era Clinton e a de permitirem que as fundações da nação de desfaçam em pó (literalmente falando, no caso das estradas, figurativamente no caso da educação), escolheram a segunda. É uma escolha desastrosa tanto no curto como no longo prazo.

(...)

Mas manter baixos os impostos dos ricos não é também uma forma de estímulo? Se é, não se dá por isso. Quando se salva o lugar de um professor, isso ajuda, declarada e decididamente, a manter os níveis de emprego; quando, em vez disso, se dá mais dinheiro aos milionários, há boas hipóteses de esse dinheiro se limitar a ficar parado.

E o que dizer do futuro da economia? Tudo o que sabemos sobre crescimento económico diz que ele tem por aspectos essenciais uma população com boa formação académica e profissional e uma infra-estrutura de grande qualidade. Os países emergentes estão a fazer grandes esforços para melhorarem as suas estradas, portos e escolas. E contudo, nos EUA, estamos a andar para trás.

Como chegámos a isto? É a consequência lógica de três décadas de retórica antigoverno, uma retórica que convenceu muitos eleitores de que um dólar obtido em impostos é sempre um dólar desperdiçado, e que o sector público não sabe fazer nada bem feito".

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por sitiocomvistasobreacidade às 10:29

Jorge Jesus, Obama e Michelle

Segunda-feira, 09.08.10

A crónica genial é de Ferreira Fernandes:

 

A colunista Maureen Dowd, do New York Times, meteu-se, este fim-de--semana, entre marido e mulher. O título da crónica é "Feliz Cumpleaños, and Adiós" (em anglo-espanhol, o que daria "Parabéns e bye-bye", em português). Fala da visita de Michelle Obama a Maiorca, tendo deixado o marido, solitário, a festejar o 49.º aniversário. Maureen Dowd não é cronista de fofocas, vive em Washington e os protagonistas dos seus textos são os grandes da política - já ganhou um Pulitzer. O que ela pretendeu com a crónica foi comentar o que interessava os seus leitores. Na semana passada falou-se muito da visita a Espanha de Michelle e do aniversário do Presidente. As pessoas comuns estranharam: "Então, ela deixou-o sozinho com o bolo de aniversário?" Uma das bizarrias do jornalismo americano é que bons jornalistas se interessam pelo espanto da gente comum. Alguns leitores mais cultos e exigentes - como, por exemplo, são todos os leitores portugueses - certamente que se incomodam por uma cronista conceituada não se dedicar exclusivamente ao tipo de manilhas capaz de estancar a hemorragia de petróleo no poço da BP, esse, sim, um problema a valer. Eu, se fosse jornalista americano, faria uma crónica a que, infelizmente, a grande exigência do jornalismo português me impede. O tema seria: a cabeleira de Jorge Jesus, ganhando, percebo; mas a perder ele corre grande riscos.

 

PS - Para aqueles que deram por isso: Sim, eu sei tenho estado muito caladinho...Preguiça, meus caros, simplesmente preguiça. O meu silêncio não significa um encolher de ombros perante as malfeitorias dos procuradores Freeportianos, ou perante o liberalismo assanhado deste novo PSD, ou perante o apoio tácito que BE e PC continuam a dar a Passos Coelho...Nada disso, continuo a sentir indignação, e mesmo revolta...mas a preguiça estival é o diabo! Tomara que passe...

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por sitiocomvistasobreacidade às 10:03





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