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Agora reconhecem

Domingo, 30.09.12

Vítor Bento, Conselheiro de Estado, escolhido por Cavaco Silva, liberal confesso e referência ideológica deste Governo, sempre foi um fervoroso adepto do Governo e das Troikas. Vítor Bento era daqueles que, nos tempos de Sócrates, andava a suspirar por uma intervenção da Troika, para arrumar a casa e gorduras.

Quando o Governo PSD / CDS tomou posse, dizia mesmo que:

"O novo ministro das Finanças é uma escolha muito boa, por ventura a melhor para a tarefa em curso, vai surpreender pela positiva e vai deixar uma grande marca".

 A realidade, porém, é uma chatice que atrapalha e hoje este ideólogo reconhece:

"Estamos na iminência de nos aproximarmos da Grécia"

Acho bem que estes ideólogos da direita portuguesa, reconheçam que a coisa está a correr mal, muito mal. Demonstram, ao menos, um mínimo de auto-crítica.

Mas o que me questiono é como é que esta gente supostamente tão inteligente, não conseguia adivinhar aquilo que qualquer cidadão com um bocadinho de bom-senso se questionava há muito: Porque carga d'àgua é que políticas iguais às que foram aplicadas na Grécia, levariam a resultados diferentes em Portugal?

 

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por sitiocomvistasobreacidade às 11:02

Administração danosa

Sexta-feira, 28.09.12

A coisa vai mesmo avançando, sem grandes debates públicos, e com uma oposição distraída pelo orçamento de Estado. Tudo parece pois encaminhar-se para uma "venda", ou melhor uma dádiva, a um empresário sul-americado de nome Efromovich, dono da companhia aérea colombiana Avianca, já que todos os restantes candidatos desistiram.

Segundo conta o Jornal de Negócios, "O Governo está satisfeito com o candidato, pelo encaixe estratégico das empresas", isto apesar de "a falta de competição ameaça reduzir o valor da venda. Pode mesmo nem haver encaixe para o Estado".

Temos assim um Governo que fica satisfeito por dar a TAP, companhia de bandeira, com enorme valor estratégico para o país e que é querida pelos Portuguses, a um empresário desconhecido entre nós.

Não só desconhecemos o empresário, como desconhecemos o que quer com a TAP: Pretende manter rotas com países lusófonos como S. Tomé, Cabo Verde? Pretende manter a mesma excelência na manutenção dos aviões, que tem permitido à TAP afirmar-se como das companhias mais seguras do mundo? Vai manter o número de funcionários, ou terá carta branca para atirar para o desemprego mais uns milhares de pessoas?

Nada disso parece preocupar os nossos governantes. Do alto da sua cegueira ideológica, o que importa é continuar a sua missão de destruir o Estado, e com isso destruir o país.

Dirão que a privatização da TAP está prevista no acordo com a Troika. Mas atenção: O acordo não prescreve a percentagem de capital a alienar.

E mesmo em relação à privatização parcelar,  se o Governo informasse a Troika que não tinham surgido ofertas significativas, duvido que esta não estaria disposta a aceitar o adiamento de mais este ato de administração danosa.  

E tudo isto mete raiva.

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por sitiocomvistasobreacidade às 09:37

As cancerígenas gorduras do Estado

Quinta-feira, 27.09.12

Passos Coelho ganhou as eleições prometendo que a sua estratégia iria assentar na eliminação das famosas gorduras do Estado. Gorduras? Que gorduras? alguns, poucos (que a curiosidade do jornalista é quartada pelas preferências políticas dos seus patrões) perguntaram.

As gorduras que estão devidamente identificadas e estudadas, naturalmente, respondia triunfante o candidato Coelho.

Um ano e picos vamos vendo onde está a tal gordura a cortar. Bem não é bem gordura, é cancro. E o corte também não é no cancro, mas no seu tratamento.

Ministério estuda corte em tratamentos mais caros para cancro

Que nome se poderá dar a um coelho destes?

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por sitiocomvistasobreacidade às 21:22

Em discurso na ONU, Dilma defende pacto pelo crescimento internacional

Quarta-feira, 26.09.12

"A história revela que a austeridade, quando isolada do crescimento, derrota a si mesma"

A opção por políticas fiscais ortodoxas vem aumentando a recessão nas políticas desenvolvidas, com reflexos nos países emergentes, segundo Dilma. A presidente defendeu que as nações desenvolvidas ainda não acharam um caminho que combine ajustes fiscais apropriados e estimulos à demanda. "A política monetária não pode ser a única resposta", afirmou.

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por sitiocomvistasobreacidade às 09:47

Entrevista fundamental

Segunda-feira, 24.09.12

 

Maria João Rodrigues: "Bruxelas não recebe toda a verdade"

Excertos:

Que avaliação faz à condução do programa de ajustamento por parte deste Governo?
O Governo, e no fundo o país por arrasto, não está a tirar partido da evolução recente do quadro europeu para apresentar uma estratégia mais eficaz para resolver o problema português. Houve mudanças muito importantes nos últimos meses. Reconheceu-se que é preciso reduzir os custos de financiamento dos Estados e das empresas e evitar a queda em espirais recessivas. Daí haver estes novos mecanismos ao nível do BCE e o mecanismo europeu, que será permanente. Reconheceu-se que é preciso reequilibrar o esforço de consolidação orçamental, mas dando ênfase às estratégias de saída, à prioridade do crescimento, da criação de emprego e do investimento.

É uma ameaça ao ajustamento?
Sem crescimento é muito, muito difícil reduzir a dívida. Ninguém se iluda. A terceira grande mudança, que aparece nas conclusões oficiais do Conselho, é que a própria consolidação orçamental deve ser feita de forma amigável em relação ao crescimento. Não se pode estar a liquidar empresas viáveis, empregos viáveis. Deve-se manter um esforço de investimento seletivo e focalizado nos fatores de futuro, como sejam a Educação, apoio a empresas inovadoras, tecnologias verdes. Este é o novo quadro europeu.

E, nesse plano, o Governo não está a fazer nada?
Nada que se veja e que marque lá fora, sinceramente. Portugal devia aparecer com uma estratégia de saída da sua crise assente em três prioridades que se reforçam mutuamente. Primeiro: reduzir os custos de financiamento, tirando partido de todos os instrumentos que estão à sua disposição agora. Os novos instrumentos do mecanismo europeu permanente e os novos instrumentos do BCE. Isso tem de ser explorado a fundo. Segunda prioridade: ter uma verdadeira estratégia de investimento e crescimento, clarificando em que áreas se quer apostar e apresentando uma carteira de projetos para mobilizar instrumentos que também vão estar disponíveis...

E devia fazê-lo já?
Imediatamente. Há instrumentos que vão estar disponíveis que devem ser utilizados de outra maneira.

O que podia ser feito?
Estudar outra forma de combinar fundos estruturais com o Banco Europeu de Investimento e temos de ser os primeiros candidatos àquilo a que se chama de project bonds em áreas em que Portugal tem efetivamente potencial. E a terceira prioridade é a consolidação orçamental. Saber reduzir despesa onde há margem.

(...)

Conhece bem o pensamento nas instituições europeias. Em Bruxelas, apoia-se esta medida [TSU]?
Tem de se ter muito cuidado na forma de lidar com a União Europeia porque ela não é uma coisa monolítica. Há muitas diferenças de posição e há uma evolução de posições em qualquer das instituições europeias, garanto-lhe. Na Comissão Europeia, no Conselho Europeu, nos Conselhos de Ministros, no Parlamento Europeu. Nós, Portugal, como ator europeu que somos, temos a obrigação de saber fazer política europeia ao mais alto nível. E, já agora, tirar partido desse debate de modo a abrir caminho até às soluções que são mais indicadas para resolver os nossos problemas, os de agora e os a prazo. Ainda por cima um país que tantas cartas tem dado nos últimos anos para a construção do projeto europeu. Somos muito respeitados por isso, mas temo que estejamos a deixar desvanecer esses créditos.

O Governo não quis negociar alternativas à TSU ao mais alto nível?
Aparentemente, não. Se pegarmos neste caso concreto, estou absolutamente convencida de que é uma medida altamente polémica nas instituições europeias.

Dentro da própria Comissão?
Sim. Porque a medida assenta nessa ultrapassagem dos mecanismos normais da negociação coletiva, que são um pilar fortíssimo da tradição europeia. Mas também porque a medida da TSU opera uma escolha estratégica que contraria a opção estratégica da UE. As grandes linhas aprovadas para o crescimento e o emprego. É bom lembrar que a UE fez uma opção em 2000, com o apoio de todos os Estados, e reafirmada em 2010, em que disse: nós somos um continente que fará face à globalização, reforçando a sua competitividade com base na qualificação das pessoas, na inovação e na capacidade criativa dos seus cidadãos. Esta é a nossa estratégia, a escolha foi feita. E foi pedido a todos os Estados membro que atuassem em conformidade.

E Portugal é um dissidente agora?
Portugal não está a tirar partido desse compromisso. Nós, como Estado membro signatário, também queremos ir por aí. E não queremos ser empurrados para uma condição de reserva de mão de obra barata a nível europeu.

Mas tenho de insistir. O Governo está adormecido quanto a isso, não quer, não pode?
As opções de Portugal estão a ser enfraquecidas em várias áreas, tenho a certeza. Há uma perda de velocidade nessa transição que Portugal estava a operar em áreas como a economia verde, a inovação, que não pode ser. Portugal é uma pequena economia e, como tal, tem de fazer rapidamente uma aposta clara nas áreas em que tem potencial e em volta disso organizar clusters de inovação. É preciso dizer que essa abordagem nunca teve a força suficiente. Sou bastante crítica quanto a isso, mas agora está ultra enfraquecida. E isto num contexto em que há outros países que estão a avançar nisso. A Irlanda está a fazer progressos nisso. Portugal não se pode deixar ficar para trás.

Pode dar um exemplo de cluster?
Ligar a reabilitação urbana às indústrias eólicas e de painéis solares. É óbvio. Essa seria uma âncora evidente para a economia.

Não há plano coerente, organizado, para esse sector?
Que eu saiba, não. Esse e outros. Numa situação financeira como aquela que o país vive atualmente, o que há a fazer é identificar uma carteira de projetos suscetíveis de atrair os instrumentos financeiros que estão agora disponíveis, e que em simultâneo alavanque o país num modelo de crescimento com futuro. A reabilitação urbana ligada às energias verdes é dos melhores exemplos para Portugal. O país tem um potencial evidente nessas energias – solar e eólica – e ao mesmo tempo tem uma mão-de-obra disponível no sector da construção que tem de ser aproveitada para novas atividades sob pena de ficar como desemprego estrutural.

Numa lógica europeia, Portugal deveria avançar sozinho ou devia formar alianças com outros países?
Depende. Há exemplos em que o ideal é formar alianças. Espanha será sempre o aliado natural. Para poder utilizar fundos estruturais que possam servir de ativo de garantia para alavancar empréstimos do Banco Europeu de Investimento, por exemplo. Convém ser em cooperação com outros países. Esta possibilidade ainda não está ativa, mas quando estiver convinha que Portugal já estivesse preparado e articulado com outros parceiros para beneficiar dela.


(...)

A ideologia anula o potencial de negociação previsto no quadro europeu?
Conheço Jean-Claude Juncker [presidente do Eurogrupo], Olli Rehn [comissário europeu dos Assuntos Económicos]e Herman van Rompuy [presidente do Conselho Europeu]. Sei como eles pensam e eles também me conhecem. Estamos a falar de pessoas que estão longe do país, não vivem aqui, e que portanto dependem da informação que lhes chega. Sinceramente, julgo que não estão a receber informação suficiente sobre a verdadeira situação em que está Portugal e sobre os desafios que se impõem.

Mas a missão da troika sabe a verdade acerca do país.
Os elementos da missão são funcionários de quarta linha das instituições, executantes das linhas de políticas que, é preciso ver, não são definidas por eles. Não são os presidentes... As políticas são discutidas e definidas nos vértices das instituições.

No Governo, quem incarna a corrente de pensamento de que fala é o ministro das Finanças, o primeiro-ministro?
Não quero personalizar. Mas as pessoas identificam facilmente. Só digo que há uma corrente que está absolutamente convencida de que o caminho só pode ser esse.

Estamos a falar de pessoas com preparação técnica. O caso do ministro das Finanças...
Mas isto não é um problema de preparação técnica. É convicção baseada numa escola de pensamento. Estão convencidos de que o país precisa de um choque liberal.


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por sitiocomvistasobreacidade às 14:21

Propostas sensatas

Domingo, 23.09.12

Preconceitos estéreis à parte, as propostas da CGTP ontem apresentadas parecem-me razoáveis e sensatas. À atenção dos nossos políticos e da Concertação Social.

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por sitiocomvistasobreacidade às 15:13

João Ferreira do Amaral ao i

Sábado, 22.09.12

Excelente entrevista. “Estes programas de ajustamento da troika são um erro brutal”.

Alguns excertos:

 

A medida pretende substituir o efeito de uma desvalorização cambial. O primeiro-ministro comparou-a com a desvalorização cambial feita com o FMI no programa de 1983. A medida é um substituto?

Não é um substituto da desvalorização cambial, isso é um erro comum. Tentar substituir uma desvalorização cambial por uma medida de redução de salários é um erro, aliás, destes programas de estabilização com a troika. As medidas têm consequências diferentes. O primeiro-ministro fez alguma confusão entre desvalorização cambial e queda do nível de vida. A desvalorização cambial no programa de 1983 foi da ordem dos 20%, mas a queda dos salários reais não chegou a 8%. Uma coisa é a moeda desvalorizar-se, outra é o nível de vida baixar. É falso dizer que, nesse caso, o nível de vida desceu 20%. Os salários reais desceram cerca de 8%, o que é bastante menos do que será se a medida da TSU for para diante.

 

(...)

 

Falou de uma queda de 8% dos salários reais em 1983 na sequência de desvalorização cambial – como compara com a medida hoje em discussão?

Se os salários descessem 7% – que na realidade é um pouco mais – e se somarmos o efeito preços – 2% a 3% de inflação – iríamos aos 10% de perda de salário real. É mais do que em todo o programa de ajustamento de 1983/84. Com a agravante de não resolver nada. E com a agravante adicional, muito pouco discutida, de que uma desvalorização do rendimento das famílias é muito perigosa em termos de equilíbrio financeiro porque as famílias estão muito endividadas, coisa que não se via em 1983. Se estamos a reduzir drasticamente o rendimento das famílias – e isso já se notou no caso dos funcionários públicos – estamos a aumentar muito as condições para o incumprimento, além de criarmos um problema social muito grave. Outro dos erros destes programas de estabilização é não terem em conta o que chamamos efeito riqueza negativo. As famílias estão muito endividadas o que leva a que qualquer descida de rendimento se amplifique muito mais no consumo.

 

(...)

 

Esta medida [TSU] serve para fintar o chumbo do Tribunal Constitucional…

… mas havia outras formas de o fazer.

Como?

A forma é o IRS, ponto final. É o mais justo, mais simples e além disso não criaria resistências, toda a gente compreenderia. É mais justo porque é progressivo: quem tem mais paga uma taxa maior. Não percebo porque se está a fazer isto [da TSU]. Na entrevista que deu, a Dra. Manuela Ferreira Leite chamou a atenção para este aspecto e bem: as pessoas estão a pagar não de acordo com os seus rendimentos, como a Constituição obriga, mas de acordo com o estatuto que têm. Isto é uma concepção medieval. Agora os reformados pagam x, os funcionários pagam outro x. É uma regressão de séculos em termos de base de incidência fiscal. As sociedades civilizadas tributam de acordo com o rendimento ou segundo o património

Além da questão do chumbo do Tribunal Constitucional, o governo tentou matar dois coelhos ensaiando uma desvalorização fiscal. Isto traz-nos à discussão sobre a viabilidade que Portugal tem dentro da zona euro com muito poucos instrumentos.

Acho que não tem, por isso é que tenho proposto a saída. Mas, fazendo um esforço para evitar isso, há uma coisa que convém evitar: pensar que uma desvalorização fiscal é equivalente a uma desvalorização cambial. Não é e não resolve o problema. O problema da competitividade, supondo que continuamos sem moeda própria, só pode ser resolvido gradualmente. Por isso estes programas de ajustamento são um erro brutal ao quererem uma terapia de choque que não resolve nada. O que é adequado para estas situações são programas que garantem que a economia vai no bom caminho durante algum tempo, apoiando-a durante esse tempo. Só há uma hipótese de sem moeda própria a economia reequilibrar a sua balança de pagamentos – não falo deste equilíbrio insustentável.

Que é conjuntural?

Tem a ver com uma quebra da procura interna que não é sustentável. Só há uma forma: é ir reformulando a estrutura produtiva para incentivar a produção de bens transaccionáveis. Isso com uma desvalorização cambial faz-se logo. É rápido. Na sua ausência tem de dirigir as políticas – a fiscal, a de crédito, etc. – para privilegiar a produção de bens transaccionáveis. Estes programas [da troika] são um disparate. Aliás, vê-se claramente: é difícil imaginar um programa tão ineficiente como o português.

Portugal fez uma subversão completa dos rendimentos, com aumento brutal de desemprego, e no fundo o défice orçamental desce 1,5% em relação a 2011. Para o ano não acredito que se cumpra [o objectivo de 4,5% para o défice] com esta política, mas se cumprir é uma descida de 0,5%. É das maiores ineficiências que encontro e a meu ver resulta de a troika ter concepções que se baseiam em pressupostos económicos errados. Um é que a desvalorização fiscal é a mesma coisa que a desvalorização cambial. Outro é que o emprego só depende dos custos do trabalho quando depende basicamente da evolução da procura interna. Outro ainda é não ter em conta o efeito riqueza de que falei há pouco, motivado pelo grau de endividamento. A troika tem demonstrado uma grande dificuldade em fazer programas que funcionem. Estes não funcionam e já não há desculpa que deram em relação aos gregos, de que eles não cumpriram e são uns valdevinos.

 

 

 

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por sitiocomvistasobreacidade às 15:57

Quem defende o interesse nacional?

Sexta-feira, 21.09.12

Hoje em Itália, Monti recebe primeiros-ministros da Grécia, Irlanda e Espanha. O objetivo é claro: estudar alternativas às políticas impostas pela Alemanha, que representam um autêntico calvário para os países do Sul.

Ao que parece, Passos nem sequer foi convidado, o que diz bem sobre o seu posiciomento na Europa. Em vez de participarem nestes encontros, vemos os ministros de Passos a irem um a um ao beija mão em Berlim.

Enquanto os restantes países em dificuldade se coordenam para melhor defenderem os seus interesses, é desesperante verificar que para o nosso Governo a política europeia se resume a lamber as botas alemãs.

 

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por sitiocomvistasobreacidade às 15:57

Povo "ghandi"

Quinta-feira, 20.09.12

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por sitiocomvistasobreacidade às 10:14

A não perder...

Domingo, 09.09.12

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por sitiocomvistasobreacidade às 09:55





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