Saltar para: Post [1], Pesquisa e Arquivos [2]



Mais sobre mim

foto do autor


Pesquisar

 



Arquivo

  1. 2015
  2. J
  3. F
  4. M
  5. A
  6. M
  7. J
  8. J
  9. A
  10. S
  11. O
  12. N
  13. D
  14. 2014
  15. J
  16. F
  17. M
  18. A
  19. M
  20. J
  21. J
  22. A
  23. S
  24. O
  25. N
  26. D
  27. 2013
  28. J
  29. F
  30. M
  31. A
  32. M
  33. J
  34. J
  35. A
  36. S
  37. O
  38. N
  39. D
  40. 2012
  41. J
  42. F
  43. M
  44. A
  45. M
  46. J
  47. J
  48. A
  49. S
  50. O
  51. N
  52. D
  53. 2011
  54. J
  55. F
  56. M
  57. A
  58. M
  59. J
  60. J
  61. A
  62. S
  63. O
  64. N
  65. D
  66. 2010
  67. J
  68. F
  69. M
  70. A
  71. M
  72. J
  73. J
  74. A
  75. S
  76. O
  77. N
  78. D
  79. 2009
  80. J
  81. F
  82. M
  83. A
  84. M
  85. J
  86. J
  87. A
  88. S
  89. O
  90. N
  91. D


A coisa está preta

Sábado, 24.03.12

De início, era apenas um fetiche do Correio da Manhã. Agora passou a ser o tópico mainstream: Bater no Sócrates, mesmo já depois de emigrado.

Tudo serve, Parque Escolar, TGV, renováveis, PPPs, Freeport, Face oculta, cartões de crédito de Ministros, o café que frequenta em Paris. Tudo, literalmente tudo.

Público, Expresso, Económico, RTP, SOL, Correio da Manhã, Cavaco, Juízes, Ministério Público e Congresso do PSD todos convergem num ponto: os males deste país vêm todos desse pulha de nome José.

Parece-me que as razões para esta convergência no tiro ao Sócrates, passado um ano da sua retirada, são diversas, mas seguramente não inocentes. A areia que se atira aos olhos com estórias sobre o ex-PM interessa a muitos.

 

Nicolau Santos, no Expresso, lembra hoje, que enquanto se fala em Sócrates, não se fala do €6 mil milhões que usurparam do BPN:

"Em contrapartida, o ‘caso BPN’, que pode vir a custar aos contribuintes a exorbitante soma de €6000 milhões (!), está na paz do Senhor. Oliveira e Costa é o arguido mais conhecido mas o processo não faz manchetes nem avança, apesar dos nomes sonantes envolvidos na falência do banco. Pelos vistos, é muitíssimo mais urgente crucificar Sócrates, mesmo sem provas, do que defender o dinheiro dos contribuintes, com provas evidentes.”

 

Sem dúvida que o ponto de Nicolau Santos é pertinente.

 

Na minha opinião, a areia que nos atiram sob a forma de Sócrates, pretende sobretudo esconder o falhanço total da política que nos aplicam. Augusto Santos Silva, no Facebook, colocou bem a questão lembrando:

Agora que já toda a gente pode saber a dimensão da derrapagem orçamental dos dois primeiros meses do ano, talvez convenha ter em mente os erros que o ministro das Finanças, sob o verniz da sua sobranceria tecnocrática, vem sucessivamente cometendo. Por exemplo, esta sucessão alucinante de previsões para a quebra do PIB em 2012:
1. Em julho de 2011, o ministro das Finanças previa -1,7%.
2. Em agosto, já seria -1,8%.
3. Em outubro, ora experimenta lá pôr -2,8%.
4. Um mês passado, já corrigia para -3,0%.
5. Em fevereiro de 2012, a aposta vai nos -3,3,%.
(E, ninguém tenha qualquer dúvida, a série vai continuar...)

 

De facto, segundo os dados publicados esta semana, e que a nossa imprensa estoicamente tudo fez para esconder mostravam que Défice do subsector Estado quase triplicou.

O blog Ladrões de Bicicletas apresentou um gráfico que vale mais do que mil palavras para explicar o falhanço destas políticas. Estrondosa recessão, redução das receitas fiscais, mesmo após aumentos de impostos (a começar pelo IVA sobre a energia de 6 para 23%, cujos efeitos já se fazem sentir nestes primeiros 2 meses do ano)

Preparemo-nos, pois: a dimensão dos ataques a Sócrates serão directamente proporcionais ao falhanço deste Governo, que a imprensa tentará a todo o custo escamotear.

Autoria e outros dados (tags, etc)

por sitiocomvistasobreacidade às 22:50





Comentários recentes

  • Joao Saturnino

    Parabéns pelo seu blog, especialmente por este "in...

  • Frango Zappa

    Quanto custa o Mario?

  • E os Homens da Luta, por onde anda essa gente? E a...

  • cheia

    Tantos erros, e nem um culpado!

  • MCN

    O problema é a raqzão porque Afonso Camões não diz...