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Passos Coelho recebendo um biscoito
O El País diz que Passos Coelho é “campeão da austeridade e das teses alemãs”. As atitudes e políticas deste governo confirmam esta análise do El País (que, claro está, foi silenciada pela comunicação social nacional).
A propósito da ajuda a Espanha, que irá ser feita aparentemente com condições mais vantajosas, a Irlanda já veio exigir condições iguais às que Madrid conseguiu.
Atitude que se pode considerar da mais elementar justiça e bom senso por parte do Governo da Irlanda.
Acham que o Governo Português vai pedir o mesmo?
Passos já se apressou esclarecer: "Não há nenhuma razão para pedir novas condições para Portugal", diz-nos o nosso governante.
Mais uma atitude lamentável, ou mesmo vergonhosa deste Governo, que deixa, uma vez mais o país à mercê das vontades destes talibãs da austeridade que mandam na Europa.
A verdade é que ao contrário do que nos querem fazer crer, a ajuda a Portugal foi também uma ajuda à banca. Vale a pena recordar que Judite de Sousa acabou por confessar que deu uma ajudinha aos patrões da banca nacional para que o resgate a Portugal fosse pedido por Sócrates.
O resgate a Portugal foi também um resgate à banca nacional, que tinha dificuldade em financiar-se, tal como agora em Espanha.
Mas Passos prefere ignorar as semelhanças e rejeita qualquer revisão do Memorando com a Troika.
Alguém, como eu, realmente preocupado com o rumo dos acontecimentos na Europa e em particular em Portugal, não pode deixar de se interrogar sobre a razão de tanta passividade, tanta preguiça na defesa dos mais elementares interesses do país. Porque não aproveitar este momento para reivindicar a revisão de um memorando que tanto desemprego e miséria tem criado?
Se não acreditarmos na hipótese da preguiça, a única resposta possível, encontra-se num post recente de Paul Krugman:
"So the austerity drive in Britain isn’t really about debt and deficits at all; it’s about using deficit panic as an excuse to dismantle social programs. (...) the drive for austerity was about using the crisis, not solving it. And it still is".
Passos, Gaspar, e demais parceiros, com António Borges não parecem querer resolver crise nenhuma. Usam a crise e o Memorando como o pretexto ideal para fazer cortar nos direitos dos trabalhadores; facilitar despedimentos; promover a mão de obra barata e sedenta para encontrar qualquer emprego, mesmo a troco de uma esmola; desmantelar escolas e hospitais públicos para tornar mais lucrativas estas àreas de negócio tão apetecíveis; entregar a privados àreas chave da nossa economia, garantindo que alguns amigos são recompensados com bons cargos nas empresas recém privatizadas.
Uma grande golpada, uma histórica vitória do liberalismo em Portugal...
PS1 - No meio disto ainda hoje penso como é que é possível que este governo tenha chegado ao poder com a ajuda preciosa de Bloco de Esquerda e Partido Comunista, que ajudaram a derrubar um Governo PS.
PS2 - Os meus aplausos para François Holande que toma algumas medidas importantes que contrariam a ideologia reinante: França vai encarecer despedimentos para combater o desemprego de 10%.
Parabéns pelo seu blog, especialmente por este "in...
Quanto custa o Mario?
E os Homens da Luta, por onde anda essa gente? E a...
Tantos erros, e nem um culpado!
O problema é a raqzão porque Afonso Camões não diz...