Sítio com vista sobre a cidade

Das tiradas do Rangel, que enganam o eleitor, não dá importância o Público.

Mas quando numa prova de Biologia se escreve epicentro, em vez de hipocentro, mesmo que isso não afecte a resolução do problema, logo vem o Público, no seu zelo anti-socrático, dar o merecido destaque à questão.

Epicentro, em vez de hipocentro.  É a grande notícia do dia, segundo o Público.

Rangel antes das eleições: 

Rangel considera que Elisa Ferreira e Ana Gomes se comportam como quem está «à procura de emprego» 

Rangel diz que PS é o partido das duas caras

Rangel depois das eleições:

Rangel poderá abandonar Parlamento Europeu

É de facto difícil encontrar adjectivos para qualificar Paulo Rangel. Haverá, pois, que renovar a língua portuguesa. Ana Gomes hoje usou a palavra Rangélico.

Tentemos, pois, decifrar esta palavra:

Rangélico: adj 1 Aldrabão a quem ninguém pede contas, porque é adversário do PS; 2  Génio inspirador da política de verdade.

Há anos que não concordava com nada do que Alberto João disse, hoje concordei com duas:

1º) Disse ainda não perceber a razão pela qual o PSD nacional continua a insistir em discutir a questão do comboio de alta velocidade (...) "Não percebo porque se há-de ter um retrocesso", declarou.

2º) O presidente do Governo Regional da Madeira disse que a moção de censura do CDS ao Governo de José Sócrates foi um "favor" de Paulo Portas ao primeiro-ministro e "uma perda de tempo e de dinheiro".

Deixem a Ferreira Leite trabalhar.

Para mim, a notícia do dia foi esta: British Airways pede aos colaboradores que trabalhem de graça.

A British Airways, companhia aérea Britânica, privatizada em 1987, pela muy saudosa Margaret Thatcher, inventa uma original e revolucionária solução para os seus problemas financeiros: A escravatura.

Tudo está certo, porque são os mercados que assim o ditam.

Para aqueles que andam a apregoar a crise do liberalismo económico, aqui está uma demonstração clara da sua enorme vitalidade e capacidade de regeneração.  

Ferreira Leite disse hoje que «não vê ninguém» para além do Governo a defender TGV.

Parece que Ferreira Leite não vê televisão. Se tivesse visto as entrevistas de Zeinal Bava, Presidente da PT, e de Ricardo Salgado, Presidente do BES, a Judite de Sousa, chegaria a outra conclusão.

Já agora também podia ter dado uma vista de olhos no "Sítio com vista sobre a cidade". Eu também sou favorável ao TGV e não faço parte do Governo.

Este é o mapa de alta velocidade em Espanha, a concretizar até 2020. O que não faltam são linhas.

Se virem com cuidado, a amarelinho (isto é, em obras) está a linha entre Badajoz e Mérida. Essa linha acaba com uma seta a encarnado (em projecto) para Portugal.

É feio, Manuela, muito feio, rasgar os contratos que se assinam.

 Mais informação sobre a Alta Velocidade Espanhola em: http://www.fomento.es/MFOM/LANG_CASTELLANO/_ESPECIALES/ALTA_VELOCIDAD/default.htm

"As Farpas", Eça de Queiroz e Ramalho Ortigão

É claro que os argumentos de Paulo Rangel não são exactamente iguais aos usados no Séc. XIX, mas na essência continua uma visão: Por sermos pobrezinhos, temos a sina de continuarmos pobrezinhos. Há ainda outra semelhança: uma saudade, mais ou menos encapotada, do orgulhosamente sós. 

Estando atento ao que se passa no país tenho de concluir que um Governo Ferreira Leite é o melhor para o país.

O país precisa de Ferreira Leite, que por onde passou deixou sempre uma nota de competência, de honestidade e de transigência.

Nas finanças, o país precisa de um António Borges, para dar uma nova oportunidade ao livre mercado, porque ao permitirmos que os agentes tratem da sua vidinha, estão, sabemos bem, a tratar do interesse comum. Se não for possível o António Borges, escolha-se um outro Homem Forte do PSD, se ele estiver para isso: Dias Loureiro. Dias Loureiro tem experiência acumulada na Banca e que, tal como diz Cavaco "não temos nada para duvidar da sua honestidade"

Na educação, precisamos de uma nova política: colocação de professores anuais (em vez da bandalheira dos 3 anos) e que essa colocação ocorra em Out / Nov., tal como nos saudosos dias da maioria PSD/CDS. Um ano lectivo mais curto, ajuda a que os alunos aprendam mais depressa, e logo, é melhor porque é mais exigente.

Há outras figuras que o país precisa. No dia seguinte às eleições europeias, de boa memória, numa feira em Santarém, a rodear a Primeira Ministra, vi o Miguel Relvas. Esse Ministro de Barroso e Santana. Um estratega, um visionário, útil a qualquer nação.

A rodear Ferreira Leite, estava também José Eduardo Martins, ex- Secretário de Estado de Santana Lopes, que há 2/3 meses atrás, em plena Assembleia da República, se virou para um deputado do PSD e gritou: "Vai pró cara..." Gente desta, que fala a verdade, sem rodeios, é o que o país precisa. 

Em princípio, o governo do PSD será de coligação o CDS. Aí também temos motivos para estarmos descansados. Paulo Portas é um estadista, muito estimado pelo pacifista Ronald Rumsfeld (ai que saudades!)

Mas não é só no Governo que o país precisa de uma janela aberta. Lisboa.

Lisboa  está triste, cinzenta.

Precisa de qualquer coisa: De foguetes, de cartazes a dizerem quantos buracos foram tapados a semana passada. Os lisboetas precisam de saber o que se passa na cidade.

É desta política de verdade e de proximidade que o País e Lisboa precisam

Viva Portugal! Viva o PPD/CDS/PSD/!

Neste momento decisivo para o futuro do nosso país, com eleições dentro de poucos meses, pensei que votar apenas não seria suficiente. Sinto-me na obrigação de ter uma participação mais activa.

Não tenho a ousadia de pensar que este blog mudará o rumo das coisas, mas sentir-me-ia de consciência pesada, se me sentasse comodamente no sofá a assistir, empávido e sereno, à evolução dos acontecimentos.

Este é o momento de ir à luta e de dizer algumas verdades!

Vamos a isso!