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Ricardo Salgado deu uma entrevista à CNBC, na qual explica alguns dos pontos fortes da economia portuguesa. Na entrevista é realçado o aumento de 14% das exportações nacionais no 1 trimestre de 2010, que beneficiaram de uma diversificação de mercados (Brasil, Venezuela, África subsariana ou Líbia), e o aumento de 1% do PIB, no mesmo período.
O banqueiro fala ainda da situação das finanças públicas nacionais, que compara favoravelmente face a outros países da zona Euro.
Há quem sonhe em ver o país esbarrar-se numa parede, e há aqueles que procuram remar contra as enormes adversidades que a Europa atravessa. Ricardo Salgado encontra-se, definitivamente, neste segundo lote de pessoas.
O governo de Merkel, resultante da coligação entre a CDU e os liberais havia prometido, em Outubro de 2009, uma baixa de impostos.
Afinal não só não baixa como vai aumentar:
E ainda há quem nos queira convecer que a culpa de todos os males é do Sócrates, esse mentiroso compulsivo, que dizia que não ia aumentar impostos, quando afinal aumentou.
Se Sócrates é mentiroso, o que será Merkel que dizia que ia baixar, quando afinal aumenta impostos?
De sublinhar igualmente que Merkel se prepara para reduzir as despesas sociais...Tal, como já se escreveu neste blog, uma crise criada pelo liberalismo promete querer reforçar o liberalismo, e enfraquecer o Estado Social...
Como diria Padre António Vieira: “Parece-vos bem isto, peixes?"
Que irritante esta mania de aparecerem notícias, que desmentem o clima de catástrofe que alguns querem pintar. O melhor é mesmo ignorar.
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Krugman, no texto publicado hoje no i.
De certo modo, o que Krugman refere, no texto publicado hoje no i, tinha sido notado pelo "Sítio com vista sobre a cidade" aqui. Um cirise provocada por um excesso de desregulação dos mercados, está a transformar-se num pretexto para atacar o Estado Social.
Levemos, pois, muito a sério as palavras de Passos Coelho:
Hoje o PEC que anda nas bocas do mundo é o Plano de Estabilidade e Crescimento, mas há meio ano atrás fala-se de outro PEC: do Plano Especial por Conta.
Naquela famosa sexta-feira de Novembro, a oposição, com PSD e CDS à cabeça, aprovava um pacote de medidas que representava um custo adicional de 710 milhões de Euros:
"1) A oposição aprovou hoje a suspensão do novo Código dos Regimes Contributivos, adiando a entrada em vigor do diploma, prevista para 1 de Janeiro de 2010. Segundo o DN, o adiamento o diploma implica um acréscimo de receita de 80 milhões de euros em 2010 e de 170 milhões em 2015.
2) O Jornal de Negóciosconta-nos que os deputados dos partidos que perderam as eleições aprovaram hoje a extinção do pagamento especial por conta (PEC) a partir do início do próximo ano, bem como a redução da taxa do pagamento por conta. O fim do PEC implica uma perda de receitas fiscais de 300 milhões, enquanto a redução da taxa do pagamento por conta representa uma perda de 330 milhões.
Tudo somadinho: 80+300+330= 710 milhões."
Até o próprio Fernando Ulrich, que apresentou ontem a sua visão tremendista do problema, defendia, até há bem pouco tempo, uma redução do Pagamento Especial por Conta.
Agora querem fazer-nos acreditar que toda a gente previa o que está a acontecer agora, excepto claro o casmurro do Sócrates. É o que se chama reescrever a história.
Ao meio-dia era este o tratamento da notícia sobre o crescimento do país a página principal do Público on-line, às 12h00:
Ou no Correio da Manhã
Em ambas as publicações, o tratamento é o mesmo: a notícia é ignorada.
Farto destes profetas da desgraça, sem escrúpulos, que usam o poder que têm para fazer política, e não para informar.
Enquanto esta gente continuar a actuar com esta má-fé, o "Sítio com vista sobre a cidade" continua a fazer sentido.
A notícia do dia é esta: Portugal com o crescimento mais forte da Zona Euro. No site do Eurostat pode ser consultada a fonte da notícia, no qual se percebe que Portugal cresceu, no período entre o 4º trimestre de 2009 e o 1º trimestre de 2010, cerca de 5 vezes mais quando comparado com a zona Euro e a UE27.
Para ir direito ao assunto: O que me indigna é que uma crise provocada por uma liberalização excessiva da economia, se esteja rapidamente a transformar numa oportunidade para um reforço desse liberalismo, que se traduz em novas privatizações, fortes ataques à intervenção do Estado da economia e ao Estado Social.
A verdade é que após a tempestade causada pela chamada crise do subprime, as elites económicas reagiram e reorganizaram-se. A sua poderosa máquina de propaganda, que tem os meios necessários para financiar think tanks, agências de rating, opinion makers, e media em geral, quase nos levam a acreditar que a culpa da crise é do Estado Social, ou daqueles que procuraram responder aos efeitos da crise com determinação.
É pois tempo de relembrar algo básico: A crise foi criada por uma excessiva crença na auto-regulação dos mercados e pelos liberais de Wall-Street. Não se pode confiar que sejam eles que nos vão dizer como sair da crise.
Parabéns pelo seu blog, especialmente por este "in...
Quanto custa o Mario?
E os Homens da Luta, por onde anda essa gente? E a...
Tantos erros, e nem um culpado!
O problema é a raqzão porque Afonso Camões não diz...