Saltar para: Posts [1], Pesquisa e Arquivos [2]
As oposições ficaram desoladas com o facto de "Nenhum aluno carenciado ter aparecido para a lasanha" nas cantinas de Setúbal. Que desalento ia naquelas almas de São Caetano à Lapa até à Soeiro Pereira Gomes: "Há fome, tem de haver fome, como não vão comer a Lasanha??"
Felizmente, há um tio Balsemão que está sempre a aparecer na hora de maior aperto e a encontrar a explicação milagrosa: Não vão comer a lasanha porque têm vergonha de dar lasanha, ou então porque são negligentes.
...Malvadas essas mães de Setúbal, que deixam os filhos morrer à fome porque andam aí na "boa-vai-ela"...
Que brilhante explicação, tio Balsemão.
PS1 - De premeio, Balsemão dá a Cavaco luz verde para mandar Sócrates para as urtigas, através de um reputado constitucionalista
PS2 - Caro leitor, que nome prefere dar a esta crónica: "Lasanha envergonhada" ou "O meu filho só come caviar"?
Um primeiro prognóstico para 2011.
As escutas com todas as conversas entre Vara e Sócrates vão parar ao Youtube em 2011? Sim
Ano horrível, de António Correia de Campos
"Mas vejo também a capacidade de resiliência, os resultados que emergem, lenta mas consistentemente, como o aumento das exportações e a redução do défice da balança de transacções correntes, o crescimento das novas PME de inovação tecnológica, o aumento do investimento directo estrangeiro e o aumento forte do nosso investimento lá fora, os resultados da Educação, os resultados da Saúde, medidos pela OCDE, como Portugal "comparando bem no acesso, eficiência e resultados, com a maioria dos parceiros europeus", a elogiada reforma da Segurança Social, os êxitos na investigação e inovação. Ou ainda os resultados da acção de Manuel Pinho, seja nas renováveis, com especial incidência nas eólicas e no plano nacional de barragens, seja na capacidade negocial empenhada na Auto-Europa, na atracção da Ikea para Paredes, na antevisão da subida do cobre que fez reabrir com êxito as minas de Aljustrel (lembram-se? foi por elas que Pinho caiu e durante pelo menos cinco anos vão ser um sucesso de exportações, ao lado da Somincor, já no ‘top ten' das exportadoras). Ou ainda nas baterias para o carro eléctrico, no alargamento da rede de carga, nas smart grides, ou no sucesso da cobertura em banda larga, tudo coisas que ouvimos mencionar em Bruxelas como referência positiva de um pequeno país inovador".
"Há quem ache que Cavaco não é de direita. Engana-se. Cavaco é a única direita que realmente existe em Portugal: conservadora, tacanha, provinciana, caridosa e estatista. A outra, liberal, cosmopolita e tão pouco latina, se não se adaptar terá de esperar muito tempo pela sua vez. Passos Coelho, que representa tudo o que Cavaco despreza, irá descobri-lo muito mais cedo do que julga".
É a segunda vez em poucos dias que cito uma crónica de Daniel Oliveira para o Expresso. Parece-me que tem sido dos cronistas que melhor tem escrito sobre a mais pérfida figura da democracia portuguesa, Cavaco Silva.
A vitória dos zombies, Krugman
"Quando os historiadores olharem para o período de 2008 a 2010, o que mais os surpreenderá, estou convencido, será o estranho triunfo das ideias falhadas. Os fundamentalistas do livre mercado não têm razão em nada - mas apesar disso dominam mais que nunca a cena política.
(...)
Os fundamentalistas do livre mercado têm estado tão errados em relação aos Estados Unidos como aos outros países - e têm escapado igualmente a ser acusados desses erros. Em 2006, George Osborne [aqui podemos substituir Osborne, por Paulo Portas] declarou que "a Irlanda é um exemplo brilhante da arte do possível na política económica a longo prazo". Ups! Apesar disto, é actualmente o máximo responsável da política económica do Reino Unido.
Nestas suas novas funções, está a procurar emular a política de austeridade adoptada pela Irlanda depois do rebentamento da bolha. No fim de contas, os conservadores dos dois lados do Atlântico passaram grande parte do último ano a louvar o êxito retumbante destas medidas de austeridade.
"A abordagem irlandesa resultou em 1987-89 - e está a resultar agora", afirmou Alan Reynolds, do Cato Institute [aqui podemos substituir Alan Reynolds, por Mira Amaral, por exemplo] , no último mês de Junho. Ups, outra vez.
(...)"
"Imagine que era gente muito próxima de Sócrates envolvida no caso BPN. Imagine as suas ligações ao banco pareciam evidentes. O que se investigaria e se escreveria?
Imagine que um homem próximo de José Sócrates estava envolvido na gestão criminosa de um banco e que isso custava cinco mil milhões ao Estado. Imagine que um outro homem ainda mais próximo de Sócrates (Armando Vara, por exemplo) também estava envolvido no caso. E que Sócrates, como primeiro-ministro, vinha a publicamente defender a sua permanência num cargo político.
Imagine que se suspeitava que o banco em causa, quase exclusivamente composto por pessoas do círculo político próximo de José Sócrates, tinha contribuído financeiramente para a sua campanha anterior. Imagine que Sócrates e familiares seus tinham comprado acções desse grupo financeiro e vendido a tempo.
Imagine que, sabendo-se tudo isto, Sócrates apoiava a nacionalização dos prejuízos deste banco. E imagine que essa nacionalização ajudaria a explicar a situação calamitosa do país.
Imagina o que se escreveria sobre o assunto? A quantidade de vezes que o primeiro-ministro teria de explicar as suas ligações ao banco? Os esclarecimentos que teria de dar? As declarações que teria de fazer ao País? Como tudo seria investigado até ao mais ínfimo pormenor? Como todos os documentos seriam vasculhados? Não foi assim nos casos da licenciatura, das casas projectadas, da Face Oculta, do Freeport, da TVI? E muito bem.
Não se percebe porque é que, num caso muitíssimo mais grave nas suas consequências para o país, parece dispensar-se qualquer tipo de vigilâcia democrática quando a pessoa que está em causa é, em vez do primeiro-ministro, o Presidente da República".
A brandura com que a comunicação social trata Cavaco chega a ser comovente.
Ontem Cavaco mentiu com o maior dos desplantes perante as câmaras ao dizer que "nunca comprei nem vendi nada do BPN". A hipocrisia deste político não é novidade, assim como o favorecimento que beneficia da imprensa é também antiga.
A verdade é que não houve ninguém que se tenha atrevido a reavivar a memória do Senhor Professor.
Cavaco teve 105.378 acções da SLN (*)
Belém recusa explicar ligação à holding do BPN. Presidente foi accionista entre 2001 e 2003. Comprou, em conjunto com a filha, 250 mil acções a €1 que vendeu por €2,40.
(*) - lembre-se que o SLN era uma holding não cotada em bolsa, sendo o valor das acções da SLN fixado de forma pouco transparente pela gestão de Oliveira e Costa e seus pares. Por algum motivo, a gestão de Oliveira e Costa considerou que o valor das acções detidas por Cavaco haviam valorizado 140% em 2 anos. Será que o Prof. Cavaco poderia explicar, já que gosta tanto de dar lições, em que se baseou esta valorização das suas acções?
Cavaco já não esconde o seu desejo:
Cavaco diz que intervenção do FMI significará que Governo "de alguma forma" falhou
Implacável com o Governo, mas bajulador com os "mercados", eufemismo para agiotas (desculpem os danos que provoquei à economia nacional):
“Insultar os mercados prejudica a economia nacional”.
A propósito desta defesa acérrima dos mercados, é interessante recuperar uma das últimas crónicas de Krugman:
Vale a pena ler o que os EUA dizem de Sócrates, nos documentos da Wikileaks hoje revelados pelo El Pais. Além das reformas laborais, educativas e na Segurança Social, os EUA elogiam a diplomacia económica.
10. (C) PM Jose Socrates is a charismatic leader who worked hard to improve his English in advance of Portugal's 2007 EU presidency. He relies on advice from a small circle of advisors and is a moderate Socialist who has been successful at co-opting or marginalizing the extremists in his party.
He also aggressively pursued his domestic agenda before assuming the EU presidency, achieving difficult labor, educational, and social security reforms. Socrates spends most of his time on the domestic agenda, leaving foreign policy largely in the hands of FM Amado. Economic diplomacy has been a cornerstone of Socrates' foreign policy and this government has strengthened ties with Angola, Libya, Venezuela, Russia, and China to expand Portugal's energy sources and export markets.
Louçã diz que "vergonha" são "escândalos financeiros" do BPN
"Vergonha é que, neste próximo ano, um buraco de 4600 milhões de euros pelos ex-ministros que se acoitaram no BPN seja de uma dimensão que duplica as dificuldades orçamentais da economia portuguesa", numa referência aos antigos governantes do PSD durante os Governos liderados por Aníbal Cavaco Silva".
Parabéns pelo seu blog, especialmente por este "in...
Quanto custa o Mario?
E os Homens da Luta, por onde anda essa gente? E a...
Tantos erros, e nem um culpado!
O problema é a raqzão porque Afonso Camões não diz...