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António Mexia, Presidente da EDP, nos últimos tempos teve três excelentes razões para celebrar com Champanhe do mais caro:
1) Demitiu o Secretário de Estado que lhe quis fazer frente com as rendas excessivas e celebrou com champanhe a queda do ex-governante;
2) O descrito em 1) veio a público, mas foi de tal modo abafado pela imprensa, que não se fez daí escândalo, e até a notícia do jornal i que fez tímida referência ao caso, parece ter desaparecido do site do i. tente clicar no link;
3) Hoje ficámos a saber que:
"EDP em máximos de dois anos com resultados superiores ao esperado
O mercado liberalizado dinamizou os resultados da eléctrica nacional, que excederam o que era antecipado pelos analistas. Acções seguem em alta na bolsa de Lisboa".
Mas então o mercado liberalizado serviu para "dinamizar" (adoro este eufemismo usado pelo Jornal de Negócios) os resultados da elétrica nacional chinesa?
Mas o mercado liberalizado não tinha sido criado para "dinamizar" o mercado de eletricidade, permitindo introduzir a concorrência necessária para a existência de melhores ofertas a melhores preços para o consumidor?
Parece que não, parece que o dinamismo da liberalização do mercado e privatização sai muito caro ao povo otário.
É difícil fazer a contabilidade das políticos e comentadores de direita que dominaram as TVs no dia de hoje.
Vou fazer uma tentativa que pecará por defeito: Helder Rosalino, Secretário de Estado da Administração Pública (Negócios da Semana, SICN), Santana Lopes em entrevista na RTP, Bagão Félix (comentário SICN), Nuno Melo (entrevista RTP), Miguel Frasquilho (comentário TVI24).
Bom, está certo, vi um socialista na SICN, Carlos Zorrinho...num debate com Luís Montenegro, líder parlamentar do PSD.
Todos, à exceção óbvia de Zorrinho, repetiam a lenga-lenga: Há Estado a mais, temos que reduzir o Estado, o privado é que é bom. Aqui e ali uma pitadinha sobre a notícia do ano: "a ida aos mercados foi um sucesso".
A lavagem ao cérebro, que nos impinge uma ideologia destrutiva, foi-nos hoje ministrada em doses cavalares, não vá a realidade atrapalhar.
Como e quando nos libertaremos desta asfixia?
Alemanha vende 740 milhões de euros em obrigações a 10 anos a juros mais baixos
O Tesouro alemão colocou hoje 740 milhões de euros em obrigações a 10 anos, a um juro negativo de 0,40% e a uma taxa inferior à do leilão anterior comparável (-0,30%).
Portugal paga juro de 5,669% para colocar dívida a 10 anos
O governo fibrou, as TVs encheram-se de ministros e dirigentes do PSD exultantes. Eu diria que fomos o alvo de um novo ataque especulativo dos mercados.
"Há funcionários públicos a mais". Ouvimos todos os dias esta frase até à exaustão. Políticos, comentadores, editorialistas, jornalistas repetem-na, vezes sem conta.
A mentira dita e redita, tornou-se uma verdade assumida pelo povo. Estão assim criadas as condições para que se despeçam 100.000 funcionários públicos sem que se levante uma rebelião geral.
A verdade essa fica lá esquecida num qualquer gráfico da OCDE, que nos mostra com frieza, quão forte é a manipulação anti-Estado que se faz diariamente na imprensa.
Que importa termos menos funcionários públicos que os EUA, quando o que nos move é convergir com a Grécia?!...
Employment in general government as a percentage of the labour force (2000 and 2008)
Link para a "folha excel" da OCDE...Nem tudo o que são folhas Excel agradam aos Gaspares.
O programa de amanhã do Prós e Contras da RTP é assim apresentado:
Miguel Poiares Maduro, o novo ministro-adjunto, e Luís Amado, antigo ministro socialista, frente a frente no Prós e Contras. A relação entre Portugal e a União Europeia! A permanência no Euro! A crise que compromete a construção europeia e a nossa soberania! O presente e o futuro dos Portugueses na Europa e no Mundo!
A não perder
Excerto em vídeo
Entrevista completa em áudio
http://www.tsf.pt/paginainicial/AudioeVideo.aspx?content_id=3201490
Lia-se no acórdao de 5 de Junho de 2013 do TC:
Foi pois a questão do desigual tratamento entre públicos e privados que esteve na génese do chumbo do Tribunal Constitucional a normas dos orçamentos de 2012 e 2013. O Tribunal já considerou por duas vezes que o público tem vindo a ser discriminado negativamente face ao privado, e por isso chumbou o corte dos subsídios.
Hoje, às 20h00, Passos Coelho virá para mais uma sessão de ódio ao funcionalismo público dizer que são uns malandros bem pagos. Irá anunciar mais horas de trabalho, menos férias e menores salários. E sabe-se lá que malfeitorias mais.
Alguém que seja mais inteligente que eu, poderá explicar porque este novo ataque ao setor público não irá ter o mesmo caminho que os anteriores?
Depois de Cavaco ter considerado, no discurso do 25 de Abril, que não há alternativa à política de austeridade, e que nem vale a pena ir a votos, porque isso não iria mudar em nada o que está a ser feito, foi a vez do CDS sair do armário.
A estratégia de bailarina deste partido, em que tanto parece estar dentro como fora do Governo, ficou agora impossível de sustentar: Os ministros do CDS, Portas incluído, ajudaram à aprovação de mais uma dose de austeridade massiva.
Cortes nos suplementos e rescisões no Estado arrancam em Janeiro
Parabéns pelo seu blog, especialmente por este "in...
Quanto custa o Mario?
E os Homens da Luta, por onde anda essa gente? E a...
Tantos erros, e nem um culpado!
O problema é a raqzão porque Afonso Camões não diz...