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Preconceito ideológico ou palavras leva-as o vento

Segunda-feira, 14.02.11

 

O IEO (Independente Evaluation Office), orgão do FMI, responsável pela sua avaliação, num laivo de honestidade, afirma que foi o preconceito ideológico que impediu o FMI de prever crise financeira. O IEO afirma ainda que "A visão prevalecente junto dos quadros do FMI - um grupo coeso de macroeconomistas - era que a disciplina de mercado e a auto-regulação seriam suficientes para evitar problemas sérios nas instituições financeiras", e acrescenta: os quadros da FMI acreditavam que "os mercados podiam prosperar em segurança com um mínimo de regulação".

Não podia estar mais de acordo com este relatório. O liberalismo cria cegueira naqueles que confiam na ideologia dominante, tais são os lucros que esta ideologia garante a uns quantos (poucos).

Pena é que palavras sejam levadas pelo vento, e relatórios colocados na gaveta das curiosidades.

Acção, essa, nada muda. Ortodoxia orçamental, liberalização do mercado de trabalho, privatizações. São as receitas únicas que não foram alteradas nem com a crise e muito menos com um relatório do IEO.

Ainda a semana passada vimos uma task force do FMI/ CE / BCE chegar à Grécia e sair de lá com as mesmas recomendações: "A missão técnica afirmou na conferência de imprensa que o programa de ajustamento orçamental grego estava a ser implementado com sucesso, mas que o país precisava ainda de delinear e pôr em prática reformas estruturais significativas e aumentar o nível de privatizações previstas".

Enquanto for esta a ideologia dominante, como poderá, um país como Portugal, criar realisticamente outro caminho e outro tipo de soluções, neste mundo globalizado?

Porque não vemos o FMI a concertar os seus esforços na eliminação das off-shores, que são fonte de uma das maiores iniquidades deste tempo e que estimulam o não pagamento de impostos pelos mais ricos?

Porque não vemos o FMI  escolher outros alvos para as suas recomendações e levantar a voz, por exemplo, contra um país como a Suíça, que para além de ser uma espécie de off-shore para empresas estrangeiras, fecha os olhos a tudo o que é lavagem de dinheiro oriundo dos crimes mais perversos que se perpetram neste mundo?

Como notou, e bem, Nicolau Santos este fim de semana no Expresso, o relatório do IEC demonstra que o FMI tem sido historicamente forte com os fracos e subserviente para com os ricos. Vemos por isso que nada mudou, tudo se mantém como dantes...


Autoria e outros dados (tags, etc)

por sitiocomvistasobreacidade às 12:12

1 comentário

De E? a 15.02.2011 às 21:18

Vive-se e pensa-se dentro do paradigma dominante

todos temos pré conceitos sobre a realidade

económica ou outra

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