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Barroso, Blair, Bush e Aznar a declararem guerra ao Iraque, nos Açores, em 2003
Dois dias depois de Krugman, num artigo a que deu o nome de "Bushização do Berlaymont", ter comparado a Comissão Europeia de Durão Barroso a George Bush, pela forma como a Comissão defende o indefensável, que faz lembrar, na opinião de Krugman, a forma como Bush defendia a guerra no Iraque, o Expresso deu hoje início à campanha para as presidenciais de 2016.
Conhecendo o Expresso como conheço, não tenho dúvidas em apontar quais os objetivos deste semanário, propriedade do militante n.º 1 do PSD. Fazer eleger Durão vai ser uma tarefa dura, mas aqueles que se intrometerem poderão esperar artilharia pesada, como já aconteceu no passado na eleição de Cavaco.
Se queria fazer referências a Durão, é extraordinário que depois de 4 anos e meio a engolir sucessivas malfeitorias que nos são impostas pela Comissão, o Expresso nunca se tenha lembrado de escrever títulos como este:
"Durão de braços cruzados perante as agências de rating";
"Durão exige cortes nos subsídios de férias e Natal";
"Durão quer cortes na educação e saúde";
"Durão neglegencia efeitos da austeridade ";
"Durão menos flexível que Lagarde".
No dia seguinte ao seu falecimento, publico um post que escrevi em Maio de 2011, que foi inspirado na sua obra "Indignai-vos":
Umas passagens do "Indignai-vos", de Stéphane Hessel:
"Cabe-nos a todos em conjunto zelar para que a nossa sociedade se mantenha uma sociedade da qual nos orgulhemos:
(...) não essa sociedade da qual os media estão nas mãos dos poderosos (...)"
E conclui:
"E é por isso que continuamos a apelar a uma verdadeira insurreição pacífica contra os meios de comunicação de massas que só apresentam como horizonte à nossa juventude uma sociedade de consumo, o deprezo pelos mais fracos e pela cultura, a amnésia generalizada e a competição renhida de todos contra todos"
No já longíquo 12 de Setembro de 2009, escrevi que um dos objectivos deste blog é:
"Contribuir para o reforço da importância da blogosfera, enquanto alternativa aos meios de comunicação social tradicionais que são detidos, quase exclusivamente por empresários de direita. Deixo alguns exemplos: Balsemão, dono do SIC e Expresso, militante n. 1 do PSD; Joaquim Coimbra, dono do jornal Sol, ex-accionista do BPN e membro do Conselho Nacional do PSD; Belmiro de Azevedo, dono do Público, que participou nos fóruns da "verdade" do PSD, que destila ódio a Sócrates desde a falhada OPA da Sonae à PT; José Eduardo Moniz, que saiu da TVI para a Vice-Presidência da Ongoing Media, que detém nomeadamente o Diário Económico, e que pretende adquirir uma posição accionista num canal de televisão".
As ideias de Stéphane Hessel também se aplicam, e de que maneira, a Portugal. Uns media nas mãos dos poderosos é caso para nos indignarmos e para combatermos. Os media de hoje são uma caixa de ressonância dos seus patrões. São o maior e mais forte aliado do liberalismo, das privatizações, da flexibilização de contratos de trabalho e de outros atrasos civilizacionais.
É, portanto, triste e preocupante que o PSD se proponha a privatizar um canal da RTP, que provavelmente irá acabar nas mãos da Cofina, esse grupo extremista que detém entre outros o Correio da Manhã, ou da Ongoing. Por isso vos digo: Indignai-vos...
Passados quatro anos da sua implementação, o Projeto CITIUS/HABILUS, que permitiu a informatização dos processos judiciais (isto é, a sua digitalização e gravação numa base de dados, ficando os mesmos acessíveis através de um simples click), assume-se como uma verdadeira revolução silenciosa da justiça.
Revolução, porque o acesso aos processos tornou-se de facto mais fácil e muito mais rápido. Silenciosa, porque dado o mérito do anterior Governo na matéria, convém manter o assunto em silêncio.
Mas os efeitos práticos da implementação deste Programa são hoje evidentes:
Perguntem a qualquer a qualquer oficial de justiça o que é CITIUS/HABILUS representa em termos de poupança de horas numa simples notificação de testemunha para um julgamento;
Perguntem a um advogado quantas deslocações deixaram de fazer aos tribunais para ter acesso a um processo;
Perguntem aos magistrados o tempo que poupam no acesso aos processos ou quanto tempo um juiz poupa sempre que pretende ouvir de novo o depoimento de uma testemunha que foi gravado durante julgamento
Perguntem aos inspetores judiciais o tempo que poupam na verificação do cumprimento dos prazos na tramitação dos processos ou na contagem dos despachos e sentenças que cada Magistrado profere.
Perguntem ao Ministério da Justiça ou das Finanças quanto se poupou no envio de milhões de cartas registadas ao ano.
Claro que na ânsia anti-Sócrates, a implementação do CITIUS/HABILUS foi muito criticada em 2009, nomeadamente pela Associação sindical dos Juízes (ASJP critica sistema CITIUS de informatização dos processos) e pelo Sindicato dos Magistrados do MP (Sindicato dos Magistrados exige suspensão do Citius).
Mas nesta matéria, como noutras, o tempo veio provar quem tinha razão.
O sucesso do projecto, desenvolvido com prata da casa do Ministério da Justiça, tornou-o agora apetecível aos privados. Vai daí o Ministério da Justiça não teve pudor em transferir este projecto para mãos privadas, transformando-o num negócio, sem respeito pela equipa de informáticos do MJ, que por esse motivo se demitiu em bloco (Demitiu-se a equipa de gestão do sistema informático dos tribunais).
Extraordinário é mesmo o facto de o próprio Sindicato dos Magistrados do MP (SMMP) reconhecer agora as vantagens do CITIUS/HABILUS e alertar para os perigos da sua privatização. Diz agora o SMMP, numa nota no seu site (discreta, porque a luta política ao Governo é coisa do passado): "Tribunais em risco de colapso informático".
No dia em que apresenta €241 milhões de lucros, sobretudo ganhos à custa do empobrecimento da população portuguesa, Ulrich decide humilhar um pouco mais o povo e dá-se ao luxo de falar em sem-abrigos que aguentam as mais duras das privações.
Hoje, a provocação de Ulrich foi silenciada pelos jornais. Não há referências aos lucros astronómicos do BPI, nem muito menos às declarações bombásticas, que levadas à letra nos poderia fazer pensar que podemos voltar à escravatura ou ao holocausto. Afinal de contas, sempre houve escravos e judeus que aguentaram.
Compreende-se o silêncio dos jornais, que são detidos pelos amigos de Ulrich. De facto, as declarações do banqueiro são humilhantes, insultuosas e ferem a consciência das pessoas e por isso não interessa que sejam reproduzidas. Há que manter os cidadãos sossegados, sem que descubram que estão-lhe a ir ao bolso para encher a conta do Ulrich. Importa que tudo se mantenha como está.
Razão tem Warren Buffet: "Há uma luta de classes, mas é a minha classe, a classe rica, que está a fazer a guerra e estamos a ganhá-la".
Uma empresa privada, logo eficiente e competente, gerida pelos melhores e mais bem pagos gestores do país, como Mexia e Catroga, não consegue fazer aquilo para que foi criada: dar à luz!
Empresas e famílias de Pombal sem eletricidade há sete dias
E se a EDP ainda fosse pública: Que diriam as vozes anti-Estado, que pululam nas TVs, se a empresa pública não conseguisse repor a eletricidade em diversas localidades durante 7 dias? Quantos artigos já teria escrito Camilo Lourenço contra a ineficácia e incompetência da gestão pública? Quantas comissões de inquérito já o deputado do PSD Carlos Abreu Amorim teria exigido para que se descobrissem os responsáveis por mais este falhanço de uma empresa pública?
O que nos vale é que a empresa foi privatizada, está cotada em bolsa, e os principais gestores da EDP tiveram o Amém da São Caetano à Lapa e assim sendo perante a escuridão em Pombal e noutros concelhos, temos um enorme silêncio e encolher de ombros. Como é privado, tudo é normal e ninguém tem de dar explicações a ninguém.
É oficial, somos melhores que os gregos:
A economia nacional caiu 1,2% no segundo trimestre, registando a maior descida na zona euro.
Mas o que é isso para a nossa imprensa económica? Pelos vistos, uma mera curiosidade, que não merece atenção. Os sites do DE e Negócios (cerca das 15h00) não davam destaque a mais esta notícia que demonstra o total falhanço das políticas da Troika / Governo.
O Governo de Passos bem que pode agradecer a esta imprensa amiga.
Alberto da Ponte dizia numa entrevista ao i, em finais de março deste ano que “Passos Coelho é o melhor primeiro-ministro desde Sá Carneiro”.
Tamanha enormidade, e vontade de agradar ao líder, é agora formalmente reconhecida e compensada:
São angolanos, mas ninguém sabe ao certo quem são. A empresa tem sede no Panamá, para fugir ao fisco.
Em Portugal detém essa publicação protofascista, chamada "Sol", bem como parte da Cofina do Correio da Manhã e Jornal de Negócios.
Este grupo prepara-se para comprar a RTP2? Parece que sim...E ninguém se indigna?
A nossa imprensa está a eleger de novo Mário Soares como alvo e a ladainha é recorrente: o senhor já não joga com o baralho todo. Compare-se a frase que o DN põe na primeira página ("Frases infelizes" geram violência e podem aumentar suicídios) com o que Soares verdadeiramente diz:
O Governo não comunica com os portugueses o que agrava o descontentamento e a incompreensão de uma situação que só tende a agravar-se. Não admira assim que os suicídios cresçam, como nunca antes sucedera, como, aliás, a criminalidade e os portugueses, à semelhança do que se passa com outros Estados, começam a descer à rua, pacificamente, para expressar a sua indignação e mal-estar, como tem acontecido em Estados próximos de nós, mas com inesperada violência. O povo português, felizmente, é pacífico. Mas o Governo, com o seu silêncio ou incapacidade, não deve provocar, com frases infelizes, que o desespero das pessoas passe além dos limites e se torne violento. É uma responsabilidade que cabe, essencialmente, aos governantes.
Esta imprensa é um embuste colossal.
Parabéns pelo seu blog, especialmente por este "in...
Quanto custa o Mario?
E os Homens da Luta, por onde anda essa gente? E a...
Tantos erros, e nem um culpado!
O problema é a raqzão porque Afonso Camões não diz...