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Sócrates faz o balanço de 3 anos de resgate
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"Vítor Gaspar diz que a chuva prejudicou o investimento", Vitor Gaspar.
Previsões da OCDE e descida no ranking para a competitividade:
Orçamento Retificativo: "O Ministro Gaspar adora fazer orçamentos. O ano passado fez três, este ano já vai em dois"
Despedimentos na função pública: Sócrates explica que o despedimento na função pública está há muito tempo nos planos de Passos Coelho. O chumbo do TC é uma desculpa de mau pagador.
Encontro anti-austeridade: O elogio a Mário Soares, um político que assume riscos. E agora pergunto eu: Que pensará disto José Seguro que, possivelmente por tática política, não esteve presente no encontro?
Nova agenda europeia: Sócrates apresenta 3 ideias para a Europa.
1) BCE tem se preocupar com crescimento e emprego
2) Mutualização de parte da dívida
3) Fim da competição por impostos mais baixos e off-shores.
Já estamos habituados. Cada nova previsão mais sinistro se torna o pesadelo, de que fala Krugman.
Ontem foi a vez da OCDE lançar novas previsões, em que a realidade, como espectável, insiste em desmentir os fanáticos europeus e capatazes portugueses que nos governam. As previsões constantes do Orçamento para este ano, apesar de serem catastróficas, agora até parecem um sonho irrealizável.
Com base nos novos dados da OCDE, ficam aqui os quadros atualizados.
Défice Público:
Crescimento do PIB
Desemprego
Os dados da OCDE de ontem podem ser consultados neste quadro interativo:
Foram hoje publicadas pela Comissão Europeia, presidida por Durão Barroso, as previsões de inverno 2013. Estes novos dados surgem apenas 3 meses após a publicação das previsões de Outono 2012 pela mesma instituição.
As previsões hoje apresentadas confirmam aquilo que é evidente há muito: os efeitos recessivos que a austeridade provoca são sistematicamente subestimados.
Em apenas 3 meses, todas as previsões se agravaram: desemprego, PIB e défice terão uma evolução mais desfavorável do que se suponha há um trimestre atrás.
Vejamos então alguns gráficos comparativos sobre as previsões feitas para Portugal em Novembro de 2012 e as apresentadas hoje:
Desemprego:
PIB:
Défice das contas públicas:
Mas sendo as políticas semelhantes, é natural que as mesmas não falhem apenas em Portugal. As previsões para o conjunto da zona Euro são agora mais negativas do que as apresentadas em Novembro, como comprova o quadro em baixo relativo à evolução do PIB em toda a zona Euro para os anos 2013 e 2014.
O falhanço da política de austeridade é tão eloquentemente demonstrado sempre que são conhecidos novos números, que aflige pensar que quem nos Governa (Troika e Governo nacional) ainda não se dê por vencido. Aflige, pois, ouvirmos hoje um ilustre talibã da austeridade, Passos Coelho dizer: «Estamos na direção certa».
PS: Já que os números parecem não convencer estes governantes, durante umas 48 horas ainda sonhei que a "Grândola Vila Morena" pudesse despertar alguma consciência mais distraída. Mas verifico com mágoa que até esse indicador estão a querer silenciar.
Agora que já vão sendo conhecidos os resultados das políticas de austeridade no ano de 2012, é tempo de lembrar as previsões, nomeadamente das que foram feitas em Outubro de 2011, pelo Governo de Passos Coelho, em sede orçamento para 2012.
Comecemos pelo défice público, que é a variável mais importante (se não a única importante) para este Governo.
A previsão seria chegar a um resultado de -4,5%. Mas esta meta não foi atingida. De acordo com as estimativas iniciais, o resultado ficou-se nos 5%, isto se o Eurostat, autorizar a inclusão das receitas extraordinárias relativas à concessão da ANA aos franceses da VINCI. Os 5% de défice, a serem, confirmados pelo Eurostat resultaram de muito "martelanço" que passou pela realização de diversas operações extraordinárias. Para além da concessão da ANA, tivemos por exemplo o bom encaixe realizado com a venda das licenças 4G.
No crescimento económico, o Governo falhou por 4 décimas.
A previsão que constava no Orçamento de Estado para 2012 previa uma queda de -2,8% do PIB. Afinal ficámo-nos nos 3,2%. O que mais assusta nesta realidade, é que a espiral recessiva está com tendência para agravar-se, já que no último trimestre a queda do PIB cifrou-se nos -3,8% face ao mesmo trimestre de 2011. E claro assusta muitíssimo que a receita do Governo para todo este problema, seja apenas o reforço da dose de austeridade, com o anúncio do mirabolante corte de 4 mil milhões de euros na despesa pública.
Mas continuemos a análise com os números do desemprego:
Trata-se uma variável que ao Governo pouco importa. É uma espécie de dano colateral, que convém não ligar muito, pensarão os Gaspares ou Moedas que nos governam. Ainda assim, este blog acredita que a Taxa de Desemprego não é um número como os outros, pois está diretamente associado ao que as pessoas têm para comer. E como bem nos lembra Isabel Moreira. Os números do desemprego agora apresentados representam: "125 mil empregos perdidos em 3 meses. 923 mil pessoas desempregadas. Só 300 mil recebem subsídio de desemprego".
E foi precisamente neste indicador que a previsão do Governo mais se afastou da realidade: 16,9% em vez dos 13,4% previstos no Orçamento de Estado para 2012. 3,5 pontos percentuais de erro na previsão, o que corresponde a cerca de 190 mil pessoas no desemprego a mais do que estava previsto. É obra!
A frieza dos números demonstra assim, aquilo que as pessoas sentem todos os dias no seu bolso: um falhanço total do Governo seja no défice, do crescimento do PIB ou no desemprego. É assim revoltante ver que para tudo isto o Governo só tenha uma resposta: aprofundar a austeridade.
A troika tinha estimado que o PIB de 2012 ficaria nos 180.000 Milhões de Euros e dizia que o défice não poderia ser maior que 5% desse montante: os tais 9028 milhões (limite nominal establecido pela Troika para o défice). Ficámos abaixo desse montante, certo, mas o défice em termos percentuais não deixará de andar à volta dos 5%, mas como o PIB ficou abaixo de esperado (cerca de 166.000 Milhões de Euros), 5% disso dará 8.300 Milhões de Euros (O défice do Estado ficou nos 8328,8 milhões de euros). Esta lógica foi explicada aqui.
Claro que os 5% foram atingidos com receitas extraordinárias: receitas do 4G e venda do Aeroporto. Mas para inglês e povo verem, isso agora não interessa nada.
Fiquei contente que tenha havido (tal como o ano passado) um superavit no saldo primário (sem juros), o que significa q o Estado Social é sustentável, o que não é sustentável são os juros.
Num ano em que o PIB baixou 3%, noto que as receitas do IRC tenham descido 17,9%!!! Poderão existir algumas regras contabilísticas que justifiquem esta redução brutal das receitas do IRC, mas parece-me que a eficiência fiscal (leia-se evasão fiscal) das nossas empresas está de parabéns!
Parabéns pelo seu blog, especialmente por este "in...
Quanto custa o Mario?
E os Homens da Luta, por onde anda essa gente? E a...
Tantos erros, e nem um culpado!
O problema é a raqzão porque Afonso Camões não diz...