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Ontem alertei que os objetivos da reforma do IRC são semelhantes aos objetivos da reforma da TSU que foi anunciada em Setembro de 2012 e que gerou enorme contestação no país, por se ter rapidamente verificado que a proposta não era mais do que uma transferência de riqueza dos trabalhadores para classes mais favorecidas.
Hoje, trago novas evidências sobre esta conclusão óbvia.
Jornal i: 28 de julho 2013
"Reforma de IRC transfere 1400 milhões do Estado para as grandes empresas"
"Este alívio dos impostos sobre as empresas, porém, beneficiará sobretudo as grandes empresas: responsáveis por 80% das receitas do Estado com o IRC, enquanto a maioria do tecido empresarial sobrevive em dificuldades, com poucos ou nenhuns lucros para serem tributados. Mas para o executivo esse é o caminho certo para atrair investimento e criar emprego, ainda que nenhum dos governantes tenha aceitado falar de um eventual alívio da carga fiscal sobre as famílias, que destruiu o consumo - que sustentava dois terços da economia, com a sua queda a fazer explodir o desemprego"
Expresso: 31 de julho 2013
Corte no IRC tira 1223 milhões de euros aos cofres do Estado
O corte de 12,5 pontos percentuais da taxa geral ajustada (que inclui as derramas) do IRC para 19%, em 2018, implica que a receita do imposto diminua 1223,7 milhões de euros em termos acumulados, nos próximos cinco anos.
Posto isto fico estupefacto ao ouvir o líder do PS dizer que “Quanto mais depressa fizermos a reforma do IRC melhor”. Será que o líder do PS está distraído e não percebe o que está em causa?
Fica aqui a excelente comunicação de José Seguro ao país, anunciando a impossibilidade de acordo com PSD e CDS.
As propostas do PS estão aqui, esperando que as mesmas venham a ser aplicadas em breve.
Não concordo com a abstenção do PS neste orçamento. Voluntariamente ou não, o PS coloca-se ao lado desta austeridade que é imposta a 99% da população (conforme se pode ler aqui e aqui a austeridade não é para todos). Perdeu-se uma excelente oportunidade para que o PS se afastasse destas políticas que nos são impostas pela Alemanha, e aplicadas pelo Governo PSD/CDS, que ainda por cima teima em ser mais papista que o Papa.
A justificação de António José Seguro também não me convence de todo: “Não farei a Portugal aquilo que o líder da oposição grega fez à Grécia”. Acho um mau exemplo. Para quê ir tão longe?
Bastaria dar um exemplo que nos é bem mais familiar. Seguro podia ter simplesmente dito: "Não faremos o que a oposição, liderada por Passos Coelho, fez a José Sócrates".
Essa explicação seria bem mais convincente.
Parabéns pelo seu blog, especialmente por este "in...
Quanto custa o Mario?
E os Homens da Luta, por onde anda essa gente? E a...
Tantos erros, e nem um culpado!
O problema é a raqzão porque Afonso Camões não diz...